segunda-feira, 30 de abril de 2018

O pior é estar preso em liberdade. Prefiro estar livre numa prisão.

   Nada mais melancólico que viver em um mundo de algodão, doce e colorido, frágil como uma folha de seda na chuva, claustrofóbico como um elevador que nunca chega ao seu andar de destino.

   Não mais poder ouvir uma musica sem antes pensar no porque ouvi-la, sendo obrigado a dá um sentido a letra mesmo quando para si não precisa de sentido, garimbar cada palavra em busca de algo que faça outro sentido além do que você conhece. Não mais escrever por saber que suas palavras serão lidas e interpretadas de forma totalmente diferente de sua inspiração, e que terás que responder por estas interpretações errôneas. Não poder sair sem se preocupar como será a recepção ao voltar, com a incerteza do lar. Não poder curtir, compartilhar e postar sem antes pensar 10 vezes e mesmo assim ficar na duvida.

   Ter receio de toda e qualquer mensagens recebida e enviada, pois um simples bom dia pode ser entendido como uma traição ou algo pior. Ter a sensação que cada passo seu é vigiado, que tudo seu é revirado sem ter pra quê, mas é queira ou não de alguma forma violado. Ter uma fonte inesgotável de ideias e se contentar com um copo, ir além disso é correr o risco de ser questionado, questões sem base e muito menos teto.


   Para quem já ficou anos aprisionado e recebeu a dádiva da liberdade de escolha, não poder escolher e nem gozar de sua liberdade é morrer lentamente, ou aceitar sobreviver ao invés de viver. Escolher amar, escolher confiar, escolher seguir em frente sempre, escolher viver apesar de tudo, essas foram as minhas escolhas que me fizeram livre, que hoje não as vejo mais, não as sinto e as almejo. 

   O pior é estar preso em liberdade. Prefiro estar livre numa prisão.

sábado, 21 de abril de 2018

Limitações

   Não podemos, e nem devemos, julgar o próximo sem antes entender as nossas próprias limitações. Todo ser humano é uma soma infinita de experiencias, mas limitado em seu produto final, por isso querer julgar o seu próximo apenas pelas experiencias suas e não dele é um como olhar a capa de um livro, ao qual você nunca leu, e acreditar já saber todo o seu conteúdo, pior que isso é julgar o outro pelo o que terceiros te contam, isso é ler a sinopse do mesmo livro e também já acreditar saber toda a história.

   Geralmente o mais critica não é o mais errado, algumas vezes é o mais certo. O que procura mostrar a falha do próximo é quem já não tem mais nenhuma falha para cometer, já cometeu todas e quer esconde-las atrás de falhas alheias. O aluno mais corrigido pelo professor não é o que menos sabe, mas sim o que tem mais potencial de superar seu mestre. A ovelha negra não é a descarrada do rebanho, mas a que menos repete os erros das outras. O mais calado é quem mais tem o que dizer, já o que mais fala é o que menos tem a dizer. É redundante, ou até clichê, todos esses exemplos, não seria necessário mostra-los se fossemos livres dos padrões sócias e familiares, se não fossemos limitados por nós mesmo.

    O maior tabu do homem é liberdade de ser independente, ele se prende com medo de si ou dos outros, até de ambos. Essas são suas limitações, o julgar e o medo da verdadeira liberdade.


terça-feira, 3 de abril de 2018

OLHAR

  Mudar o olhar é uma necessidade para não parar e deixar a alma morrer. Como essência somos parte da natureza, onde a lei da seleção natural é mãe que te ensina o que é viver, que não é o mais forte que sobrevive e sim o que melhor se adaptar ao tempo, ao seu tempo, é saber sorri ao novo e não esquecer o velho, é entender que só se vai além dando passos e não parado, então porque queremos deixar tudo igual todo dia, inclusive nós, nosso pensar, nosso olhar.


  Olhar ao próximo e ver que todos escolhem admirar os mesmos quadros que dizem para viver neste caos, pois só assim se pode chegar ao paraíso, sofrendo e vivendo no inferno, mas apesar da dor eu irei olhar outros quadros, outras passagens e caminhar nesse caos com a esperança de viver, cansei de apenas sobreviver e nao estou falando de status e seus filhos e filhas que nos escravizam.

O pior é estar preso em liberdade. Prefiro estar livre numa prisão.

   Nada mais melancólico que viver em um mundo de algodão, doce e colorido, frágil como uma folha de seda na chuva, claustrofóbico como um ...